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12/10/2019

Juízo investigativo e o bode Azazel refutado


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1- Os adventistas criaram a doutrina do juízo investigativo para reinterpretar a profecia não cumprida.
A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento, foi: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:14. Estas palavras haviam sido familiares a todos os crentes na próxima vinda do Senhor. Era esta profecia repetida pelos lábios de milhares, como a senha de sua fé. Todos sentiam que dos acontecimentos nela preditos dependiam suas mais brilhantes expectativas e mais acariciadas esperanças. Ficara demonstrado que esses dias proféticos terminariam no outono de 1844. Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia, e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844.
Mas o tempo indicado passou e o Senhor não apareceu. Os crentes sabiam que a Palavra de Deus não poderia falhar; deveria haver engano na interpretação da profecia; onde, porém, estava o engano? Muitos cortaram temerariamente o nó da dificuldade, negando que os 2.300 dias terminassem em 1844. Nenhuma razão se poderia dar para isto, a não ser que Cristo não viera na ocasião em que O esperavam. Argumentavam que, se os dias proféticos houvessem terminado em 1844, Cristo teria então voltado para purificar o santuário mediante a purificação da Terra pelo fogo; e, visto que Ele não aparecera, os dias não poderiam ter terminado.  O Conflito dos Séculos, São Paulo:CPB,p. 409-410
2- Passaram a ensinar que havia então 2 santuários, um terrestre e um celestial
 Aprenderam, em suas pesquisas, que não há nas Escrituras prova que apóie a idéia popular de que a Terra é o santuário; acharam,porém, na Bíblia uma completa explicação do assunto do santuário, quanto à sua natureza, localização e serviços, sendo o testemunho dos escritores sagrados tão claro e amplo, que punha o assunto acima de qualquer dúvida. O apóstolo Paulo, na epístola aos Hebreus, diz: “Ora também o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição, ao que se chama santuário. Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto; e sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório.” Hebreus 9:1-5. p. 411

  • O santuário, a que Paulo aqui se refere, era o tabernáculo construído por Moisés, por ordem de Deus, como a morada terrestre do Altíssimo. “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo 25:8); foi a determinação de Deus a Moisés, enquanto este se achava com Ele no monte.... Depois da localização dos hebreus em Canaã, o tabernáculo foi substituído pelo templo de Salomão, que, conquanto fosse uma estrutura permanente e de maior escala, observava as mesmas proporções e era guarnecido de modo semelhante. Sob esta forma existiu o santuário até a sua destruição pelos romanos, no ano 70 de nossa era, exceção feita no tempo em que jazeu em ruínas, durante a época de Daniel. Este é o único santuário que já existiu na Terra, de que a Bíblia nos dá alguma informação. Declarou Paulo ser ele o santuário do primeiro concerto. Mas não tem santuário o novo concerto? 412
Volvendo novamente ao livro de Hebreus, os inquiridores da verdade acharam, subentendida nas palavras de Paulo já citadas, a existência de um segundo santuário, ou santuário do novo concerto: “Ora também o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre.” E o uso da palavra “também” exige que Paulo haja anteriormente feito menção deste santuário. Voltando-se ao princípio do capítulo precedente, lê-se: “Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos Céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1, 2. Aqui se revela o santuário do novo concerto. O santuário do primeiro concerto foi fundado pelo homem, construído por Moisés; este último foi fundado pelo Senhor, e não pelo homem. Naquele santuário os sacerdotes terrestres efetuavam o seu culto; neste, Cristo, nosso Sumo Sacerdote, ministra à destra de Deus. Um santuário estava na Terra, o outro no Céu. p. 413
Demais, o tabernáculo construído por Moisés foi feito segundo um modelo. O Senhor lhe ordenou: “Conforme a tudo o que Eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis.” E novamente foi dada a ordem: “Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte.” Êxodo 25:9, 40. E Paulo diz que o primeiro 362 O Grande Conflito tabernáculo era “uma alegoria para o tempo presente em que se ofereciam dons e sacrifícios”; que seus lugares santos eram “figuras das coisas que estão nos Céus”; que os sacerdotes que ofereciam dons segundo a lei, serviam de “exemplar e sombra das coisas celestiais”, e que “Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” Hebreus 9:9, 23; Hebreus 8:5; Hebreus [414] 9:24. O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia. Deus pôs Seu Espírito sobre os construtores do santuário terrestre. A habilidade artística patenteada no trabalho era uma manifestação da sabedoria divina. As paredes tinham a aparência de ouro maciço, refletindo em todas as direções a luz das sete lâmpadas do castiçal de ouro. A mesa dos pães da proposição e o altar do incenso fulguravam como ouro polido. A magnífica cortina que formava o teto, bordada de figuras de anjos, nas cores azul, púrpura e escarlata, aumentava a beleza do cenário. E, além do segundo véu, estava o sagrado shekinah, a visível manifestação da glória de Deus, ante a qual ninguém, a não ser o sumo sacerdote, poderia entrar e viver. p. 413
 


3- Jesus teria vindo então em 1844 dar inicio a obra da purificação do santuário celestial, por meio do juízo investigativo

Como antigamente eram os pecados do povo colocados, pela fé, sobre a oferta pelo pecado, e, mediante o sangue desta, transferidos simbolicamente para o santuário terrestre, assim em o novo concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste.
E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou  apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que isto se possa cumprir, deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação — um julgamento. Isto deve efetuar-se antes da vinda de Cristo para resgatar Seu povo, pois que, quando vier, Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras. Apocalipse 22:12. p. 421



4- Em 1844 começou a obra do Juízo Investigativo (o qual exclui os ímpios): 

“O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior” Idem, p. 484) que findará no seu segundo advento, e que aqueles que alguma vez professaram a fé em Cristo serão julgados por Cristo.  Mas somente os  que se arrependeram é que terão seus pecados cancelados (extintos, riscados ou tirados), e isto após terminado tal Juízo, na ocasião em que os pecados forem colocados sobre Satanás.
“Antes que se complete a obra de Cristo, para a redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminam os 2300 dias. Naquela ocasião conforme fora predito pelo Profeta Daniel, nosso sumo sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de sua solene obra de purificar o santuário”( p.421 ).
               “Distante, os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de Cristo vir à Terra ao terminar em 1844 os 2300 dias, entrou ele então no lugar santíssimo do santuário celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação”   ( Idem., p. 421 ).

“Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que primeiro viveram na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos. Todo nome é mencionado, cada caso minuciosamente investigado. Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes. Quando alguém tem pecados que permaneçam nos livros de registro, para os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será omitido do livro da vida, e o relato de suas boas  ações apagado do livro memorial de Deus” ( O Grande Conflito, p. 486) 
“Todos as que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram perdão aposto ao seu nome, nos livros do céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna...A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos serão julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado.” (Idem, p. 487,488)
“...o bode emissário tipificando Satanás, o autor do pecado, sobre que os pecados  dos verdadeiros penitentes serão colocados ...quando Cristo, pelo mérito do Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados do Seu povo, ao encerrar Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que na execução do juízo, arrostar a pena final” ( Idem, p.421 ).
Resposta:



a) O sacrifício anual pelo pecado do povo e a purificação do santuário eram feitos no mesmo dia (Lv 16:15,16, 18-19).

b) A epístola aos Hebreus, escrita entre os anos 64-68 d.C. já declarava ter Cristo entrado além do véu, no lugar santíssimo do santuário, onde estava o propiciatório, a arca e o altar de incenso (Hb 6:19-20); compare com Ex 26:33 e Lv 16:2.

c) Em Hb 7:26-27 diz que Cristo se ofereceu de uma vez por todas pelos pecados da humanidade e, para isto, o sumo sacerdote deveria entrar no lugar santíssimo (Lv 16:15), onde ficava o propiciatório.

d) Em Hb 9:11-12 e em Hb 9:24-26 vimos que Cristo entrou no santuário (Lugar Santíssimo) para aniquilar o pecado. As versões das Bíblias ARC e ACR trazem em Hb 9:12,26 a palavra santuário (Templo com três repartimentos) como também em Lv 16:2, mas veja que este versículo se refere ao lugar no santuário onde estava o propiciatório. Assim as versões ARA, AC, NVI e BJ em Hb 9:12,26 usam o termo santo dos santos, o que dá o sentido mais perfeito ao texto.

e) Portanto a obra de Cristo não ficou incompleta, pois Ele entrou no santuário celeste, no santo dos santos após sua morte.

f) O capítulo 8 de Daniel refere-se ao conflito entre o Império Medo-Persa v.3, v.20 e o Grego v.5, v.21 os v.7 e 8 referem-se a guerra entre os dois impérios, com a vitória de Alexandre o Grande (Imperador Grego) v.5, o qual posteriormente morreu e seu império ficou dividido entre seus quatro generais v.8 e v.22 (Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu). O chifre do v.9 é Antíoco Epfâneo v.23 (Rei Selêucida), que reinou de 175 a 167 a.C., ele quis exterminar o povo judeu e sua religião. Profanou o santuário no v.11 e 12, impedindo o sacrifício diário (Manhã e Tarde). Leia 1Macabeus 1:21-24.  

Para saber mais sobre os Erros de Interpretação de Dn 8 leia http://igrejaadventistanamiradaverdade.blogspot.com/2012/09/erros-de-dn-814-chifre-pequeno-e.html

g) O Santuário foi purificado depois das 2300 tardes e manhãs sob a liderança de Judas Macabeu em 25 de Dezembro de 165 a.C. Ver 1Macabeus 4:36-58. Além de tudo isso os Adventistas não levaram em conta o erro do calendário atual, atrasado cerca de 5 anos

h) Jesus atualmente é nosso intercessor e não Juíz 1 Jo 2:1.Logo não está investigando nossos pecados. Por má interpretação da doutrina conhecida por "Perseverança dos santos" (uma vez salvo, salvo para sempre), Ellen White enfatiza que apenas os que perseveram na fé serão salvos. Mas a doutrina da perseverança dos santos diz que o salvo persevera até o fim.

i) A pessoa já está ou não condenada nesta vida (Jo 3:18; Jo 5:24; Mc16:16; Rm  8:1; etc.) de acordo com suas palavras, decisões e  atitudes nesta vida Mt 7:19-23; 13: 41,42; 25:41-46; Lc 13: 23-28; 14:16-24; 19:11-27; Ap 21:7,8; I Co 6:9-11; Gl 5:19-21; Ez 18:1-32.

j) Após a morte vem o juízo da condenação para diferentes graus de castigos   (Ap 20:11-15; Lc 12:46-48; Dn 12:2; Jo 5:29; Hb 9:27; II Pe 2:9;   etc.), isto   para os ímpios. Os justos  após o arrebatamento da igreja passarão pelo Tribunal de Cristo para serem julgadas suas realizações para Deus; haverá  perda ou ganho de recompensa; neste tribunal só estarão os salvos.

k) As pessoas que nunca ouviram o Evangelho traçam seu destino nesta vida, Rm 2:12-16, evidentemente o Justo Juiz não comete injustiça.

l) Ap 20:11-15 mostra que os ímpios ressuscitarão e serão julgados segundo suas obras, segundo o que está escrito nos livros, mas os justos não (que não salvam, Ef 2:8,9. Ver letra b).

m) Quando alguém se arrepende tem seus pecados perdoados, cancelados Jo 1:29; 1 Jo 3:5; At 3:19; Hb 9:26-28.


n) O bode emissário (Lv 16:10) era utilizado para fazer expiação. Ele levava as iniqüidades de todo o povo para longe Lv 16:21-22, Jo 1:29; I Jo 3:5; Hb 9:26-28. Em Is 53:4-6, 11,12 nos mostra que Jesus tomou sobre Si nossas iniqüidades e doenças (I Pe 1:24), a mesma expressão que é utilizada para o bode emissário, portanto este representa Jesus Cristo e não Satanás, pois o bode era sem pecados como Jesus.  A Igreja local de Witness Lee ensina tal doutrina[ Lições da Verdade –Nível Um, p. 126].

Geralmente os críticos dos adventistas dizem que A igreja adventista ensina uma coredenção. Mas na verdade eles interpretam Satanás apenas como veículo de destruição do pecado pelo fogo:



Sobre Azazel
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